sexta-feira, 2 de março de 2012

S. FRANCISCO DE ASSIS
A 5 de Julho de 1182, na cidade de Assis, em Itália, nasceu um rapaz de nome João filho de Pica Bourlemont e de seu marido Pietro di Bernadone que se encontrava naquela altura em França. Quando voltou de viagem seu pai, não gostando do nome decidiu chamar-lhe Francesco (Francisco) em homenagem a França.
Seus pais viviam muito bem, eram importantes comerciantes de tecidos, que permitiu darem uma infância boa e muito alegre ao Francisco.
Na sua juventude cantava e tocava em todas as festas da cidade com os seus amigos.
Com 20 anos Francisco foi combater junto das tropas de Assis na guerra com Perusa, regressando mais tarde triste e doente.
Era solidário e quando alguém lhe pedia esmola ele nunca negava, pois sempre teve o sonho de ser um grande Cavaleiro.

Um dia, na estrada de Espoleto, Francisco ouviu uma voz misteriosa que lhe perguntou:
“Francisco o que é melhor? Servir a Deus ou ao Criado?”
Francisco respondeu: “Servir o Senhor!”
E a voz tornou a perguntar: “Então, porque serves o Criado?”
Percebendo que era Deus quem lhe falava, ajoelhou-se e perguntou: “Senhor, que queres que eu faça?”
Deus disse-lhe: “Volta a Assis, lá te direi o que quero de ti”
Em Assis havia uma linda capela em ruínas, a Capela de S. Damião, Francisco ia lá muitas vezes rezar ao pé do crucifixo e um dia Deus tornou a falar-lhe:
“Vai Francisco e reconstrói a minha Igreja que está em perigo de ruína.”


Pensando que Deus queria que reconstruísse aquele templo, Francisco decidiu reconstruir a Capela de S. Damião.

Algum tempo depois passou por um homem doente, um leproso. A lepra era uma terrível doença sem cura e muito contagiosa, ninguém se aproximava dos leprosos. O leproso olhou para Francisco e pediu-lhe esmola, cheio de pena do homem, ele desceu do cavalo e abraçou-o e em vez de ter medo, sentiu uma enorme alegria no seu coração.

Numa das participações na Eucaristia, ouviu nas palavras do Evangelho,  “Ide pelo mundo e anunciai o reino de Deus. Não leveis nada para o caminho, nem bolsa, nem cajado...” e julgou que era um sinal si.
Quando voltou a casa, repartiu todos os tecidos da loja e dinheiro pelos pobres. O seu pai ficou muito zangado e disse-lhe que tinha que lhe devolver tudo. Francisco despiu a roupa que tinha e disse ao pai que a partir daquele momento não mais lhe chamaria pai. A partir dali seria somente filho do Pai que está no Céu, de Deus.Ao verem Francisco nu, os servos do Bispo deram-lhe um manto para se cobrir. Durante muito tempo, andou por toda a Itália a espalhar a palavra de Deus e juntou muitos amigos que deixavam tudo o que tinham para seguirem com ele. Francisco e os seus amigos viviam do que lhes davam e passavam a sua vida a falar sobre Deus e Jesus e a cantar cânticos de louvor, dormindo ao ar livre ou em cabanas.
Francisco queria que ele e os seus companheiros fossem pobres e simples, que se parecessem com Jesus e passaram a chamar-se Frades Menores (Franciscanos) e saudavam-se com as palavras “Paz e Bem”.
Quando já eram muitos, Francisco decidiu ir a Roma pedir autorização ao Papa para criar uma nova ordem, mas o Papa Inocêncio III julgou que a ordem tinha regras muito duras. Nessa noite o Papa sonhou que a Basílica de S. Pedro estava a ruir e que era Francisco quem a sustentava aos ombros, de manhã mandou chamá-lo, ajoelhou-se aos pés dele e permitiu que se fizesse a nova ordem, a Ordem dos Franciscanos.
Ao fim de alguns anos, Clara de Assis foi ter com Francisco e disse-lhe que se queria juntar a ele e à sua causa de adoração a Deus. Francisco cortou-lhe o cabelo e Clara tornou-se Mãe Espiritual de todas as jovens que quiseram juntar-se a eles nascendo, assim, a Ordem das Damas Pobres (Clarissas).

Francisco adorava todas as criaturas, para Francisco todos os animais eram filhos de Deus e, por isso, seus irmãos também .
Um dia Francisco estava a rezar e apareceu-lhe um anjo envolvido numa luz muito intensa, depois de desaparecer Francisco reparou que tinha feridas nas mãos e nos pés, eram as Chagas de Cristo (as feridas de Jesus).

Perto de Assis, em Gúbio, havia um lobo que atacava a população e quando Francisco chegou à cidade todos se queixaram do Lobo e disseram-lhe que o queriam matar. Francisco foi até à montanha e falou com o lobo e a partir desse dia a população dava de comer ao animal e o animal tornou-se meigo e carinhoso e nunca mais atacou ninguém.

Aos 45 anos de idade, no dia 3 de Outubro de 1225, Francisco doente e quase cego pediu aos seus amigos para o deitarem sobre a terra nua e, ao som do cântico das criaturas, morreu e de todo o lado vieram pássaros que pousaram junto dele.



S. Francisco de Assis e o Presépio
O presépio é, talvez, a mais antiga forma de caracterização do Natal. A tradição, que permanece até aos nossos dias, remonta à noite de 24 de Dezembro de 1223, quando São Francisco de Assis fez, em Greccio, uma encenação do nascimento de Jesus, ao vivo, com figuras humanas e animais.
Francisco de Assis mandou preparar uma manjedoura feita de feno, pôs junto dela um boi e um jumento e, sobre a manjedoura colocou um altar para se cantar a então já tradicional missa da meia-noite, em que o próprio santo vestiu a dalmática de diácono. A missa começou a ser rezada e, por alturas da consagração do pão e do vinho, o Menino Jesus esteve presente e vivo no berço- manjedoura, que São Francisco pusera debaixo do altar."
Na noite de Natal o som dos sinos convocaram todos os habitantes de Greccio à gruta. Vieram a pé, montados em burros ou cavalos ignorando aquilo a que iriam assistir, à semelhança do que aconteceu com os pastores quando, há dois mil anos, seguiram a estrela que os conduziu à cabana onde a Virgem deu à luz o Menino.
Mas antes de tudo isto acontecer, S. Francisco pediu autorização especial ao Papa Honório III para criar a encenação. Isto, em virtude de, 16 anos antes, o Papa Inocêncio III ter proibido a realização de dramas litúrgicos nas igrejas. Face a este cenário, São Francisco sentiu necessidade de pedir que tal proibição não se aplicasse naquele caso concreto. O pedido foi concedido, e a representação do presépio celebra o nascimento do filho de Deus até aos dias de hoje.

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